domingo, 29 de abril de 2012

A sustentabilidade Empresarial e o Viés Social
 
Ser sustentável nos dias atuais é um rótulo muito oportuno para as empresas que vêem no marketing ambiental um ótimo cartão de visita para continuidade do negócio. Porém é necessário que estas empresas entendam que sustentabilidade não se limita a visão da excêntrica da organização.
Para se tornar sustentável as empresas devem adotar sistemas de gestão que integram o tripé da sustentabilidade, composto pelo viés econômico, ambiental e social. Desenvolvendo ações centradas em políticas corporativas que visem o uso racional dos recursos naturais necessários a seus processos produtivos e envolvam os atores sociais de forma efetiva neste processo de gestão.
Ocorre que, em muitos casos, as empresas têm utilizado o modelo de gestão integrada para apresentá-lo apenas como cartão de visita. Não levando em consideração a comunidade em que estão inseridas, por exemplo. É o que se chama de empresas "ET´s", que não estão no mesmo mundo onde estão implantadas. Elas até desenvolvem ações ambientalmente corretas, como uso de fontes alternativas de energia, programa de produção mais limpa e educação ambiental. Instituem e medem seus indicadores, mantêm seus certificados e selos ambientais. Porém não abrem espaço para que os atores sociais opinem sobre sua sustentabilidade.
Este é um ponto crucial para que uma organização consiga resultados realmente sustentáveis no contexto sereno da sustentabilidade. Os atores sociais, aqui entendidos pelo poder público, comunidade e ONG´s, são balizadores para a atuação de uma corporação que se implanta em uma região, que em geral já possui uma formação estruturada.
Assim sendo, em quanto são os casos em que empresas sentam à mesa com os atores sociais para captarem elementos que comporão suas políticas de gestão? Em quantos são os casos em que as comunidades, o poder público e as ONG´s são ouvidas quanto as suas percepções da atuação da empresa na região?
As empresas por mais que mantenham seus sistemas de gestão focados na sustentabilidade, com indicadores mostrando avanços econômicos pautados na preservação ambiental, ainda pecam na atuação social quando não considera os atores sociais como elemento contributivo na consolidação da sua sustentabilidade.
 
Roberto Almeida
Especialista em Gestão Ambiental

sábado, 26 de novembro de 2011

Margem do rio Solimões


RIO SOLIMÕES A BEIRA DE UM ASSENTAMENTO
DO MST.

Desde a época da faculdade que comento o fato do MST
precisar trabalhar melhor os aspectos e impactos
ambientais gerados por suas ações. Porém não tenho
dúvidas que o Movimento é necessário e importante
para organização popular.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Minha história




Os anos passam, as verdades se acentuam, os amigos vão e vem. O filho cresce, a vida muda... mas o amor dos pais continuam lá, e a cada dia maior.


Ao comemorar mesmos 38 anos de vida recebi o melhor presente que poderia ter recebido.
Abaixo segue a mensagem que meu pai escreveu para mim.



HISTÓRICO DA VIDA DE ROBERTO ALMEIDA DO NASCIMENTO
( RESUMO )

Corria o ano de 1973, o calendário marcava 11 de Abril do referido ano o relógio marcava 5 horas quarenta e dois minutos e 12 segundos. Neste momento mira começava a sofrer as primeiras dores do parto eu logo fui providenciar um táxi para leva-la para a maternidade Barão de Lucena na avenida caxangá no Recife as 7 horas Roberto nasceu, Eu Manoel Almeida nas qualidade de seu pai vibrei de alegria junto com Mira pela chegada do novo herdeiro, o seu nome já tinha sido escolhido no período da gravidez da mamãe. No dia seguinte eu seu pai cheguei em casa com meu filho foi uma alegria muito grande, seus irmãos já começaram a lhe chamar de Beto fato que acontece até os dias de hoje, a noite Beto recebeu muitas visitas do povo da comunidade local, alguém dizia parece com o pai ate os olhos, outros dizia é com a Mamãe assim Roberto recebeu muitas visitas mira e eu ficamos muito feliz.
Na época morávamos no alto Santa Terezinha em Casa Amarela no Recife, Beto foi crescendo sempre muito querido por todos. Em 1975 tivemos que ir morar em Carpina antes convidamos o padre Lino Badino para fazer o seu batizado ele aceitou o convite realizando o mesmo em nossa casa, “que alegria “ foi verdadeiramente um dia de grande júbilo, o padre Lino almoçou com toda família de Roberto. Durante a gravidez de Mira nós convidamos um casal muito amigo por nome de Senhor Inocêncio e dona Lia, hoje o Roberto ao completar 38 anos eles já são falecidos.
Chegando em Carpina nós seus pais colocamos ele na universidade infantil ali ele começou toda sua preparação escolar ele sempre foi um menino muito inteligente caso que se prolonga até hoje, Roberto como todos os demais filhos foram de origem muito humilde mais graças a Deus muito feliz com o nosso plano simples de ser.
Em 1979 tivemos que vir morar no Engenho Maranguape município do Paulista- PE ali chegando colocamos na Escola Maestro Nelson Ferreira ali Roberto realizou todo seu curso primário , anos depois ele se submeteu a fazer um teste na Escola Técnica Federal de PE com o objetivo de fazer o ensino médio e ter uma profissão ali chegando ele muito determinado logo optou pelo curso de Segurança do Trabalho, quatro anos depois ele já estava formado como técnico. Roberto gostava muito de futebol chegando até a jogar no time Independente F. C do Engenho Maranguape, certo dia ele foi convidado pelos seus irmãos para uma reunião de família ali seus irmãos mostraram que ele tinha que deixar o time para dedicar-se totalmente aos estudos pois o curso precisaria de muita dedicação, Beto seguiu a orientação de seus irmãos e o apoio de seus pais continuou estudando e hoje é um grande técnico em segurança no trabalho , em seguida Roberto casou-se com Cristina hoje tem um filho muito querido o seu nome é Hélder homenagem do Roberto ao grande profeta Dom Hélder Câmara.
Roberto em toda sua vida teve seus ideais voltados para os mais pobres ele sempre se preocupou com os problemas causado pela desigualdade social, buscando assim ajudar sempre os mais carentes na luta pela a ativação nas eleições da associação dos moradores no partidos dos trabalhadores ( PT ) e nas grandes reinvidicações das comunidades etc... dedicou grande parte de sua juventude a prestar dentro do possível serviços aos mais carentes.
Hoje ele completa 38 anos poderia ter escolhido para sua festa de aniversário um local mais confortável e apropriado no entanto preferiu a casa paterna, apesar de toda simplicidade o qual pra nós sua família é um motivo de muita honra ter escolhido a casa que lhe serviu de berço quando voltou da maternidade, com esta atitude deixa Roberto uma grande quietude para todos nós.
Meu filho Deus continue dando a você toda felicidade. nós teus pais nos sentimos honrado ter um filho como você ok. continue sendo o filho que você é teus pais continua como atalaia pedindo a Deus por você. Obrigado senhor abençoe sempre o meu filho.
Este fato é verdadeiro e dou fé
Pau Amarelo, 11 de Abril de 2011

Manoel Almeida do Nascimento

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Meus Amores


Heldinho e Cristina, as duas pessoas que amo de forma incondicional...

Esta foto é tudo de terno e motivador pra mim.

domingo, 6 de março de 2011

Ao meu redor

Tanta coisa fora do lugar
ao meu redor,
Minha parte dentro de você
já foi melhor
Um retrato que ficou
enquanto tudo passou
na poeira do tempo
Mesmo assim não quero te deixar
não há razão,
é preciso ainda enxergar
na escuridão
Espero, faço o que não seie
quando a noite cai
eu espero pra ver
E na verdade você sabe bem
que eu não me iludo
que eu tenho tudo
de você,
por isso mesmo, não há mais ninguém
na cidade inteira que assim
te queira como eu
O brilho só aumenta a solidão
com nitideza
paisagem presa a flutuar
mais uma vez
quanto tempo vai durar
a incerteza no olhar, o perigo das horas
Mesmo assim eu tento escrever uma canção
Espero, faço o que não sei
e quando a noite cai
eu espero pra ver
E na verdade você sabe bem
que eu não me iludo
que eu tenho tudo
de você,
por isso mesmo, não há mais ninguém
na cidade inteira que assim
te queira como eu
O tempo passa e eu não posso deixarde dizer
Não, não vá embora
nunca mais, agora ou depois
as outras tardes, você guarde bem
nesse coração, onde não há pecado
nem perdão.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A útima crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
"Fernando Sabino

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011


Feliz 2011

 

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade que daqui pra diante vai ser diferente...
Para você, Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você, Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas... Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes... e que eles possam te mover a cada minuto, ao
rumo da sua FELICIDADE !!!"

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE