
As proporções que ganhou a celeuma gerada em torno do aquecimento global são imensas. Muita gente buscando alternativas, muita gente preocupada e muita gente apenas especulando e criando o clima de apocalipse. Idéias mirabolantes são apresentadas tais como: construção de uma barreira de espelho refratário ao redor da órbita da terra, o aprisionamento geológico do dióxido de carbono, além das já operantes: biocombustíveis, energias eólicas, térmicas e nucleares e o reflorestamento. Todas sobre uma mesma ótica: a capitalista.
As tensões geradas por mudanças, e mudanças imediatas, têm sido cada vez maiores para neutralizarmos as emissões de carbono. A cidade de Quioto foi cenário de uma grande conferência onde se estabeleceu um protocolo para a redução das emissões mundiais de gás carbono. Protocolo este que só foi homologado em 2005 e mesmo assim sem as assinaturas das duas maiores nações poluidoras do mudo, os Estados Unidos e China.
Passado dois anos da assinatura do protocolo, que teve como destaque o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), proposto pelo Brasil, a celeuma só aumentou. Os blocos econômicos ainda discutem quem deve reduzir suas emissões. A partir da lógica capitalista do MDL os países “desenvolvidos” devem pagar sua poluição com financiamento de projetos de créditos de carbono a serem desenvolvidos nos países “de economia emergente”.
Tem-se assim a continuidade do viés econômico do capitalismo, onde tudo passa pelo lucro, pela ganância do lucro. E nestes termos fica fácil ser ambientalista de quintal dos outros. Fala-se e prega-se sobre o reflorestamento como panaceia ambiental. Derrubar uma árvore hoje é como assassinar o seu melhor amigo com um punhal de ponta asporada com um golpe bem certeiro no coração e posterior arraste do punhal. Esfacelando toda a caixa toráxica e arrancando-lhe o coração ainda a bater. Esta é a visão que tem sido passada pelos especialistas de plantão. Gerou-se um clima de terror ambiental jamais visto no mundo.
O problema é que de tanto blá, blá, blá pouca coisa tem sobrado de efetivo para evolução das lutas factual contra o inexorável aquecimento global. Os países, ditos desenvolvidos, atuam para estender os limites de emissões aos países “em vias de desenvolvimento” e criam assim impasses e entraves ao avanço das discussões. Eles acusam países como o Brasil de estarem destruindo a Floresta Amazônica. E criam assim um falso mito da Floresta ou do reflorestamento.
Sabemos da importância que tem as florestas ao equilíbrio ecológico do planeta. Preservar as floretas ou promover o reflorestamento são apenas duas ações dentro de um processo de mudança da base de pensar que precisaremos para revolucionar a nossa estadia no planeta. Voltando a questão, as florestas têm como função filtrar o CO2 da atmosfera e liberar o oxigênio. Isto é o princípio de tudo. Ocorre que para isto alguns detalhes são importantes e devem ser observados. Sem os quais será falácia pregar o reflorestamento ou a preservação das florestas como solução ambiental.
As emissões de CO2 na atmosférica está a níveis tão altos que mitiga, e muito, o poder de resposta imediata ou até mesmo de curto prazo dos projetos e ações de reflorestamento, haja vista que o poder de filtro de uma árvore só é pleno pós alguns anos. E mais, uma árvore adulta também tem seu potencial de filtragem reduzido. Por quer tudo depende da quantidade de biomassa gerada pela árvore e esta também é limitada após alguns anos com o seu desenvolvimento e maturação.
Das demais idéias mirabolantes a que parece ser mais consistente é o aprisionamento geológico de gás carbono. Esta tecnologia já vem sendo aplicada em algumas empresas de refino de petróleo. Ela consiste em injetar em poços vazios de petróleo o CO2 produzido em processos industriais. Garantindo assim, o seu isolamento da atmosfera por vários séculos.
Porém o problema não é o que fazer, e sim quem vai pagar a conta. Daí o dedo ríspido que cada país tem colocado na ferida dos outros. São os nossos “ambientalistas de quintal” dos outros. E isto não se restringe só as cúpulas governamentais é também repassado ao povo. Em pesquisa recente realizada para universidade de Oxford (Inglaterra), foi mostrado que o nível de consciência da população brasileira sobre as questões ambientais é alto e ocupa a sétima posição no “ranking”. Ontem, dia 22/09/07, tivemos o dia de mobilização mundial para o não uso de carros. Onde foi noticiado?! Quem aderiu?!
É necessária uma mudança na base do processo de produção vigente no mundo. Não há compatibilidade entre capitalismo e ecologia. O produto disto é o que resolveram chamar de Desenvolvimento Sustentável. Maquiaram o selvagem capitalismo com selos e rótulos de sistemas que não garante a saúde do planeta e por conseguinte a continuidade da vida humana nele. Preservar o meio ambiente no quintal do meu vizinho é fácil, o desafio é fazê-la no meu quintal abrindo mão do conforto do meu carro, do banho quente, das embalagens estatizantes e do consumo desnecessário.
Roberto Almeida
As tensões geradas por mudanças, e mudanças imediatas, têm sido cada vez maiores para neutralizarmos as emissões de carbono. A cidade de Quioto foi cenário de uma grande conferência onde se estabeleceu um protocolo para a redução das emissões mundiais de gás carbono. Protocolo este que só foi homologado em 2005 e mesmo assim sem as assinaturas das duas maiores nações poluidoras do mudo, os Estados Unidos e China.
Passado dois anos da assinatura do protocolo, que teve como destaque o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), proposto pelo Brasil, a celeuma só aumentou. Os blocos econômicos ainda discutem quem deve reduzir suas emissões. A partir da lógica capitalista do MDL os países “desenvolvidos” devem pagar sua poluição com financiamento de projetos de créditos de carbono a serem desenvolvidos nos países “de economia emergente”.
Tem-se assim a continuidade do viés econômico do capitalismo, onde tudo passa pelo lucro, pela ganância do lucro. E nestes termos fica fácil ser ambientalista de quintal dos outros. Fala-se e prega-se sobre o reflorestamento como panaceia ambiental. Derrubar uma árvore hoje é como assassinar o seu melhor amigo com um punhal de ponta asporada com um golpe bem certeiro no coração e posterior arraste do punhal. Esfacelando toda a caixa toráxica e arrancando-lhe o coração ainda a bater. Esta é a visão que tem sido passada pelos especialistas de plantão. Gerou-se um clima de terror ambiental jamais visto no mundo.
O problema é que de tanto blá, blá, blá pouca coisa tem sobrado de efetivo para evolução das lutas factual contra o inexorável aquecimento global. Os países, ditos desenvolvidos, atuam para estender os limites de emissões aos países “em vias de desenvolvimento” e criam assim impasses e entraves ao avanço das discussões. Eles acusam países como o Brasil de estarem destruindo a Floresta Amazônica. E criam assim um falso mito da Floresta ou do reflorestamento.
Sabemos da importância que tem as florestas ao equilíbrio ecológico do planeta. Preservar as floretas ou promover o reflorestamento são apenas duas ações dentro de um processo de mudança da base de pensar que precisaremos para revolucionar a nossa estadia no planeta. Voltando a questão, as florestas têm como função filtrar o CO2 da atmosfera e liberar o oxigênio. Isto é o princípio de tudo. Ocorre que para isto alguns detalhes são importantes e devem ser observados. Sem os quais será falácia pregar o reflorestamento ou a preservação das florestas como solução ambiental.
As emissões de CO2 na atmosférica está a níveis tão altos que mitiga, e muito, o poder de resposta imediata ou até mesmo de curto prazo dos projetos e ações de reflorestamento, haja vista que o poder de filtro de uma árvore só é pleno pós alguns anos. E mais, uma árvore adulta também tem seu potencial de filtragem reduzido. Por quer tudo depende da quantidade de biomassa gerada pela árvore e esta também é limitada após alguns anos com o seu desenvolvimento e maturação.
Das demais idéias mirabolantes a que parece ser mais consistente é o aprisionamento geológico de gás carbono. Esta tecnologia já vem sendo aplicada em algumas empresas de refino de petróleo. Ela consiste em injetar em poços vazios de petróleo o CO2 produzido em processos industriais. Garantindo assim, o seu isolamento da atmosfera por vários séculos.
Porém o problema não é o que fazer, e sim quem vai pagar a conta. Daí o dedo ríspido que cada país tem colocado na ferida dos outros. São os nossos “ambientalistas de quintal” dos outros. E isto não se restringe só as cúpulas governamentais é também repassado ao povo. Em pesquisa recente realizada para universidade de Oxford (Inglaterra), foi mostrado que o nível de consciência da população brasileira sobre as questões ambientais é alto e ocupa a sétima posição no “ranking”. Ontem, dia 22/09/07, tivemos o dia de mobilização mundial para o não uso de carros. Onde foi noticiado?! Quem aderiu?!
É necessária uma mudança na base do processo de produção vigente no mundo. Não há compatibilidade entre capitalismo e ecologia. O produto disto é o que resolveram chamar de Desenvolvimento Sustentável. Maquiaram o selvagem capitalismo com selos e rótulos de sistemas que não garante a saúde do planeta e por conseguinte a continuidade da vida humana nele. Preservar o meio ambiente no quintal do meu vizinho é fácil, o desafio é fazê-la no meu quintal abrindo mão do conforto do meu carro, do banho quente, das embalagens estatizantes e do consumo desnecessário.
Roberto Almeida
Um comentário:
Oi Roberto, estou eu aqui novamente prestigiando o seu Blog, que tá sempre recheado com poesias e msg´s lindas e de bom gosto.
Ahh, tive contato com Flávia(ETFPE) e dei a ela o endereço do seu Blog.
Beijos fuiii
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