domingo, 17 de fevereiro de 2008

Resposta que Espero das Religiões

Como disse o poeta: “Eram tantas palavras... “ mas preferir ficar com a descrição da cena que presenciei hoje pela manhã em um sinal de trânsito. Um casal para o carro e retira vários sacos com alimentos e os doam para a campanha do quilo. Foi sem dúvida um ato de solidariedade, porém atos como este precisam ser politizados sob pena de ser mais um meio de manter o nosso povo oprimido e empobrecido. O casal segui caminho com o ar de dever cumprido e os fieis, alegres por ter conseguido uma boa coleta.

Já falei aqui mesmo, neste espaço, que as igrejas para serem verdadeiramente cristãs precisam responder as grandes questões sociais que mudam ao longo do tempo, porém provocam as mesmas conseqüências tão cantadas em versos e prosas: A fome, a miséria e poluição. Lógico que poderia ampliar bem mais este catalogo de conseqüências, mas prefiro me ater a estas três.

Ocorre que dominicalmente há a tradicional campanha do quilo onde pessoas de determinada crença coletam donativos, em geral alimentos, para distribuir entre os necessitados. Por algumas vezes conversei com estas pessoas e ficou clara a falta de percepção da realidade que oprimi os necessitados, os quais eles desejam ajudar com esta campanha permanente. As causas que levam a existência dos empobrecidos não são temas comuns entre estas pessoas. Isto deixa o ato, que indubitavelmente é fraterno, em um ato seco, sem aprofundamento, sem uma análise social, mas com um profundo “que” de fundamentalismo cristão. E isto é perigoso, pois é este fundamentalismo que criou os homens-bombas e várias guerras no oriente.

O momento atual requer uma resposta das religiões sobre o principal problema que afeta e definirá a continuidade da espécie humana no planeta. As igrejas devem se posicionar quanto às questões ambientais. Devem transformar este em tema transversal em seus cultos, missas, sessões e ações pastorais.

Que bom seria se víssemos um evangélico da Assembléia de Deus em baixo de um poste pregando a palavra e ressaltando que o reino tem que começar aqui e agora com a preservação do meio ambiente, com a garantia dos direitos humanos e com a justiça na terra.

Aí poderíamos ecoar o refrão de um bonito hino que diz:
“... E todos seremos iguais
O dia é agente que faz
Quem planta a justiça refaz
A estrada da vida e paz..”

Roberto Almeida

Um comentário:

Cássia Lacerda disse...

Oi Roberto:)

Realmente sou fã dos seus "posts", que tal publicar um livro com seus posts daqui alguns anos, nhein??? Tenho certeza que iria vender bastante, pois seus pensamentos nos levam a grandes reflexões!!!
Concordo com vc neste seu post no ponto no qual vc diz que as igrejas e/ ou religiões deveriam abraçar a causa quanta a verdadeira razão para o combate a fome , poluição e desmatamento de nosso planeta, vejo que o que se faz hoje é apenas uma ação momentânea e não permanente para erradicar tais ameaças de destruição ao nosso planete, sejam elas: de combate a fome e/ou a preservação do meio mbiente, que consequentemente combaterá tantas molestias a nós e principalmente aqueles seres humanos que estão em uma classe social "menos favorecida"!!!!
Continue com seus pensamentos e não descarte a idéia de futuramente publicar estes "posts":)
Ahhhh!!!!!! Não se preocupe se 01 ou 50 pessoas irão ler seus posts , mas sim com a qualidade que vc está publicando-os!!! Adoro ler o que vc publica aqui!!!!

Bjs,

Cássia