Conceitualmente a expressão “Meio Ambiente” está associada a quatro fatores os quais sito: Natural, artificial, cultural, e social. Na perspectiva de “gaia”, estes fatores precisam interagir de forma perfeita aponto de garantir à terra o seu mecanismo de auto-regulação, isto é o entendimento da terra como um grande organismo vivo.
Partindo deste entendimento o binômio “Meio Ambiente” configura como um pleonasmo, apenas para reforçar a idéia. Pois todo meio é ambiente, isto é, meio quer dizer o centro de alguma coisa e ambiente é o lugar onde se habita.
De outra forma teríamos o termo “Meio” mudando de classe gramatical, por derivação imprópria, passando a indicar metade de um lugar, o que causaria o primeiro grande impacto ambiental: o conceitual. Onde perderia toda a força a teoria de gaia.
Como disse o Boff, o ambiente tem que ser inteiro onde o ser humano se reconheça como parte integrante dele. A dicotomização é fruto da sociedade capitalista que adotou um modelo de educação tecnicista para apregoar a especialização em tudo, criando uma visão partida em substituição à visão holista. Esta última é fundamental para a preservação ambiental.
Portanto temos que abolir, não só do nosso trato lingüístico, mas fundamentalmente da nossa filosofia, da nossa concepção de vida, a expressão meio ambiente. Daí não cabe chamarmos Educação Ambiental, a educação só deve ser Ambiental. Ministério do Meio Ambiente, o ministério é do Ambiente. E, neste ponto, o Estado do Rio de Janeiro já saiu na frente ao denominar a secretaria que trata do tema como Secretaria do Ambiente.
Afinal não queremos um meio ambiente, queremos um ambiente inteiro.
Roberto Almeida
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