Fico atônico ao assistir aos noticiários diários e ver que as sucessivas tentativas da BP em sanar o vazamento de petróleo cru no golfo do México, tem sido um fracasso. Da mesma forma me indiguino frente a tamanho despreparo da empresa e do governo estados unidenese que não tinham um plano eficaz de contingência e até mesmos o dito “plano B” a este. Em um mundo onde a tecnologia e as exigências mercadológicas rumam para avanços ilimitados e sempre sobre o chavão da segurança e qualidade nos processos é no mínimo estranho que uma empresa no porte da BP não tivesse um plano testado e comprovadamente eficaz para conter este vazamento.
As conseguencias já são irreparáveis ao meio ambiente e a economia. Várias pessoas, principalmente os que vivem da pesca, estão sem sua fonte de renda e sustentação econômica, pois as pescas foram paralisadas devido ao risco de colocar no mercado consumidor produtos do mar contaminados pelo óleo. E não é só o óleo que está contaminado e matando a biodiversidade na região atingida pelo vazamento. Há também os vários produtos químicos que estão sendo lançados no mar na tentativa de dissipara a mancha de óleo. Eles causam irritações, queimaduras e infecções na pele. A ingestão pode trazer problemas ao aparelho gastrointestinal, danificar órgãos e, a longo prazo, levar à morte.
Esta não é a primeira vez que o golfo do México é vítima de acidentes ambientais como este. Em 3 de junho de 1979, a plataforma Ixtoc I explodiu na baía de Campeche, a 100 quilômetros da costa mexicana e a tubulação só foi tampada em 23 de março 1980. Traços de petróleo ainda eram visíveis três anos depois da tragédia.
Desta forma fico a imaginar: Se no passado foram levados 9 meses para sanar o vazamento da plataforma Ixtoc I, quanto tempo levaremos agora, com a comprovada incompetência dos(in)responsáveis, para sanar o atual vazamento?
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